Segunda feira. Chego em casa, ligo a TV e vejo no Jornal da Globo a notícia do texto do correspondente Larry Rohter do "New York Times" sobre os hábitos do presidente Lula com relação às bebidas alcoólicas – apresentada em tom de revolta com o texto. Segundo o artigo, “alguns brasileiros começam a questionar se a predileção de seu presidente por bebidas fortes está afetando sua performance no cargo”. Imediatamente, lembro-me de que, há um tempo, certo jornalista (minha memória não é tão boa a ponto de eu me lembrar de seu nome) do NYT fora demitido por inventar grandes trechos de reportagens. A reportagem mostra ainda indignação de membros do governo e outros políticos, dando a entender que as afirmações do correspondente do NYT não procedem.
Penso comigo: “que babaquice! Esse gringo devia ir investigar o que ocorre no Iraque” e vou dormir.
Terça feira. Leio a coluna do excelente Janio de Freitas na Folha. O colunista relaciona o texto “inequivocamente elaborado para desmoralizar Lula e o governo brasileiro” com o atual momento político na América Latina, lembrando da iminência de um golpe na Venezuela promovido por guerrilheiros direitistas, historicamente “apoiados por norte-americanos”, e das declarações do presidente Bush sobre uma futura sucessão de Fidel Castro. Segundo Freitas, Lula sofreu uma tentativa de desmoralização por sua importância na política latino-americana e sua proximidade com Chavez e Fidel. Por fim, afirma ser o NYT “o mais leal servidor, na mídia, do que os governos dos Estados Unidos consideram razões de Estado”, no caso, a política intervencionista norte-americana.
Penso comigo: “tá vendo? Isso tava mesmo cheirando a algum tipo de retaliação. Esse gringo devia ir investigar o que ocorre no Iraque”.
Terça feira à noite. Chego em casa, ligo a TV e vejo a abertura do Jornal da Globo em forma de editorial dando a notícia que o Governo cassou o visto do correspondente do NYT.
Penso comigo: “humpf! O tiro do Governo já saiu pela culatra. Sorria, Bush”. E vou dormir.
Penso comigo: “que babaquice! Esse gringo devia ir investigar o que ocorre no Iraque” e vou dormir.
Terça feira. Leio a coluna do excelente Janio de Freitas na Folha. O colunista relaciona o texto “inequivocamente elaborado para desmoralizar Lula e o governo brasileiro” com o atual momento político na América Latina, lembrando da iminência de um golpe na Venezuela promovido por guerrilheiros direitistas, historicamente “apoiados por norte-americanos”, e das declarações do presidente Bush sobre uma futura sucessão de Fidel Castro. Segundo Freitas, Lula sofreu uma tentativa de desmoralização por sua importância na política latino-americana e sua proximidade com Chavez e Fidel. Por fim, afirma ser o NYT “o mais leal servidor, na mídia, do que os governos dos Estados Unidos consideram razões de Estado”, no caso, a política intervencionista norte-americana.
Penso comigo: “tá vendo? Isso tava mesmo cheirando a algum tipo de retaliação. Esse gringo devia ir investigar o que ocorre no Iraque”.
Terça feira à noite. Chego em casa, ligo a TV e vejo a abertura do Jornal da Globo em forma de editorial dando a notícia que o Governo cassou o visto do correspondente do NYT.
Penso comigo: “humpf! O tiro do Governo já saiu pela culatra. Sorria, Bush”. E vou dormir.
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