Da série: "Essas crianças"

Meu sobrinho de 8 anos, o Pê, é uma criança que desde cedo sempre foi muito comunicativa, esperta, inteligente e... tá bom, eu paro com corujice.
O fato é que eu sempre brinquei com a minha irmã dizendo que ele vai ser advogado ou juiz (não confundir com árbitro de futebol ou com o Lalau, pelamordedeus!), pois ele sempre mostra um senso de justiça muito grande. Se não, vejamos: (hehehe)

O Pê não gosta muito de matemática e agora está tendo que aprender tabuada, pra fazer multiplicação e divisão. Há um tempinho, ele tava revoltado porque estava com um pouco de dificuldade e reclamou com minha irmã.

- Mãe, assim não dá. Como é que eu vou aprender desse jeito? Essa tabuada tá errada!
- Como assim, Pê?
- Essa tabuada não rima. Ó: 6x4=24, rimou. 6x6=36, rimou, 6x5=30, não rimou.

Outro dia, a professora dele o impediu de ir pra aula de educação física (leia-se, capoeira) e fez que ele ficasse na sala aula com mais dois colegas pra lhes dar uma aula de reforço. Ele, claro, protestou bastante dizendo que tinha o direito de participar da capoeira. Concordando com a atitude da professora, minha irmã foi à escola, fora do horário de aula dele, conversar com ela pra ver o que podia ser feito. De volta...

- Pê, falei com a professoa e a gente resolveu que você vai na capoeira semana-sim-semana-não. E sempre que precisar, ela vai te pôr no reforço, tá bom?
- Muito bonito, hein, mãe??? Vocês duas me julgam, me condenam e nem me dão direito de me defender!