Outro dia desses, eu conversava com a Mana e outros presentes sobre Playcenter, Hopi-Hari, montanhas-russas e afins. Minha irmã, que sempre enfrentou quase todos os brinquedos do Playcenter, agora declarava que tinha medo.

- Acho que depois que a gente tem filhos, certas percepções mudam e a gente fica mais medroso - disse ela.

Ontem, conversava com um amigo e, não me lembro por quê, surgiu o assunto "altura - lugares altos".

- Pô, eu não tinha medo de altura. Agora tenho um pouco. - disse ele. É a idade! A gente vai ficando mais velho vai ficando mais cagão.

Descobri que eu também tenho certos medos que antes não tinha, ou aos quais não dava importância. Mas eu não tenho filhos e nem tô ficando velho. Ah, tá bom, tô só um pouquinho velho...

Talvez seja por culpa deste mundo maluco, estressando e violento em que a gente vive, onde há, em muitos casos, uma grande inversão de valores.

Eu pensava que com a idade viesse a sabedoria...

Culpado é o bolso do contribuinte.

O post de hoje foi soprado pela Mana.

Uma moça que trabalha com minha irmã tem uma filha de 6 anos.
Essa moça cria sua filha com rédea muito curta. É um tal de não pode isso, não pode aquilo... superprotege a menina.

Um belo dia, a menina tomou um bronca por fazer sei lá o que e, revoltada com tanto "não pode", passou a mão sobre a mesinha de centro da sala, mandando ao chão tudo o que lá havia.

Apesar de eu não saber exatamente o que aconteceu até aqui, creia-me, o diálogo abaixo foi mesmo assim:

- Menina, que coisa feia! Como você é mal-criada! Você pensa que eu fazia essas coisas quando eu era criança?
- Não sei. Eu não te conheci quando você tinha 6 anos.

:-O

- Ah, é? Liga pra tua vó e pergunta pra ela, então!
- É claro que ela vai falar que não. Ela é adulta que nem você.

=8-O

Em tempo: normalmente este post viria sob o título "Da série 'essas crianças'", mas fiquei em dúvida se deveria pôr "Da série 'esses adolescentes'".

Sábado à tarde, minha mulher e eu estávamos vendo TV em casa, sossegados.
De repentemente (sic), ouvimos três tiros.
Esperei um minuto pra saber se haveria mais algum tiro e saí pra fora (opa!) pra ver o que aconteceu.
Já havia um monte de curiosos na esquina, a uns cem metros de casa.
Policiais que chegaram em dois carros verificavam a situação.
A vítima fora socorrida por algum conhecido que passava de carro e restava uma triste poça de sangue sobre a calçada.
- Esse já era, mano - disse-me um amigo. Parece que foi na cabeça e pelo jeito que caiu...
Logo, a versão que corre é que o sujeito devia pra traficantes e acabou pagando com a vida.
- Mas e aí? Beleza?
- Beleza. E vc?
- Beleza! Ô, eu vou entrar que daqui a pouco eu vou pra casa da mina.
- Falou! Vou entrar também que a muié tá sozinha.
A esquina já estava vazia. Em menos de dez minutos tudo voltara ao normal.
Só quando entrei em casa e vi minha mulher ainda assustada ocorrem-me duas coisas:
a primeira é que eu estava agindo como se nada tivesse acontecido. A violência é uma coisa banal? Fiquei triste com a minha reação.
E daí veio a segunda constatação, na verdade uma pergunta: quanto vale uma vida?
Acabou-se o meu sábado.

TJM informa:

Ontem, no estádio do Pacaembu, o São Paulo deixou de lado a Síndrome de Amarelão ao bater a poderosa Lusa, massacrando, de virada, o temível adversário.
Com o resultado, o São Paulo tornou-se, invicto, o novo campeão paulista.
Os jogadores, liderados por Diego Tardelli, desfilarão em carros de bombeiros hoje.

TJM informou.

Um oferecimento Pipocas Yoki.